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Destaques

O RH do submundo da internet

Uma empresa legal, através de seu RH (Recursos Humanos), faz a contratação de funcionários com anúncios de vagas e fazendo a seleção.


E no mundo do cibercrime parece que não é diferente e possui seu RH, recrutando pessoas para trabalhar nas organizações da dark web.


Níveis da internet



Os especialistas Kaspersky fizeram um estudo sobre este assunto, o RH da dark web, que irei resumir abaixo.

Como o RH de qualquer empresa, os criminosos anunciam as suas na dark web, mas geralmente as vagas aparecem como anúncios para vagas legítimas (no sentido de ser um emprego legalizado), aparentemente inofensivo.

Mas elas vão te levar para hackear sites ou bancos de dados corporativos, criação de sites falsos e e-mails de phishing. Colocações que podem te levar para o banco dos réus.

Algumas vezes, vagas verdadeiras aparecem, pois onde mais seria melhor encontrar alguém para testar segurança e vulnerabilidades?

Os especialistas da Kaspersky descobriram que existem 17% mais vagas de emprego que candidatos na dark web e eles preferem responder aos anúncios pessoalmente.

As vagas mais procuradas são a de desenvolvedores, com 61% dos anúncios de vagas, na frente dos pentesters, com 16% e logo depois os designers, com 10%.

E como todo RH, foi possível verificar a faixa salarial, que geralmente vem com valores em dólares americanos mas pagos em cripto moedas.

Mas não vai pensando que são valores que vão te deixar milionários, pois até existem anúncios com salários de US$ 100.000 por mês, mas que provavelmente são fraudes.

Para termos um exemplo de salários, um pentester ganha em média entre US$ 2.000 e US$ 2.500 por mês, na dark web as vagas são anunciadas com uma média de US$ 4.000.

Mas além do salário, pacotes de benefícios são oferecidos, como férias, bônus, licença remunerada e médica, plano de carreira e outras vantagens que vemos nas empresas legalizadas.

O processo seletivo geralmente é feito por testes, muitas vezes pagos. Pode haver estágios, testes básicos de habilidades técnicas, tarefas reais e períodos de experiência. Lembrando que o anonimato por parte dos empregados e empregadores não precisa ser mencionado.

Para os especialistas da Kaspersky, existem alguns motivos que levam as pessoas para trabalhar nas “sombras”, além é claro da necessidade, como na pandemia onde muitas pessoas acabaram sem fonte de renda, que listarei abaixo:

  • Aqueles desesperados para encontrar trabalho em um nível adequado e esperando consegui-lo no setor paralelo;
  • Pessoas tentando cortar relações com o estado e/ou sonegar impostos;
  • Freelancers que mudaram para criptomoedas depois de não conseguirem mais ganhar dinheiro com bolsas ocidentais;
  • Candidatos com problemas: antecedentes criminais, em fuga, imigrantes ilegais, sem educação, má reputação na comunidade de RH de TI;
  • Aqueles que procuram um emprego de meio período por alguns meses, por exemplo, durante o auto-isolamento;
  • Espadachins com um senso romântico e inflado de seu próprio excepcionalismo

Para finalizar, procurar emprego na dark web não parece ser uma boa opção. Começando que os salários não são tão atrativos comparado aos riscos envolvidos, trabalhar com criminosos e alto risco de ir para prisão.

Fonte: Kaspersky

Imagem na Teia - INT na Internet

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