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O que é Worldcoin, a iniciativa quer escanear a íris das pessoas do mundo

O projeto foi criado pela empresa Tools For Humanity, cujo presidente é o CEO da OpenAI e criador do ChatGPT, Sam Altman.



As identidades serão armazenadas no blockchain e, segundo a empresa, podem ser usadas para distinguir humanos de IA na internet. Além disso, a Worldcoin promete promover uma nova estrutura para a economia digital, incluindo conceitos de renda básica universal.

O que é Worldcoin, a iniciativa quer escanear a íris das pessoas do mundo


O projeto está dividido em 3 pontos:



World ID: uma espécie de "passaporte digital", obtido com um código único após escanear a íris de todos. O ID pode ser usado para autenticar direitos de acesso, acessar aplicativos descentralizados e compartilhar informações pessoais;

WLD: criptomoeda Worldcoin, distribuída para quem criar um ID na plataforma;

World App: aplicativo de carteira digital para gerenciamento de tokens WLD e World ID.

A Worldcoin informa em seu site oficial que possui mais de 2,2 milhões de assinantes em 120 países diferentes. Embora a ideia seja promissora, também há questões importantes sobre a privacidade de cada indivíduo e o acesso aos dados.

Como funciona a digitalização? A empresa usa um dispositivo chamado Orb, que se parece com uma bola de boliche cheia de câmeras e sensores, para escanear a íris de cada pessoa. O processo de registro leva alguns minutos enquanto o dispositivo usa modelos de aprendizado de máquina para identificar todas as propriedades da área dos olhos.

A máquina então gera um código exclusivo associado a esse indivíduo e essa string representa o ID compartilhado. A íris foi escolhida porque é uma informação biométrica muito segura e detalhada — por isso facilita uma identificação e verificação mais eficientes do que uma impressão digital.

O registro é feito pessoalmente, em quiosques separados da empresa em shoppings e outros locais de alto tráfego.

A Worldcoin já fez scans em 34 países, inclusive no Brasil, com ativações na cidade de São Paulo. Segundo a empresa, a imagem da íris será apagada assim que o código for gerado. A empresa oferece criptomoeda em troca de ações Cada assinante ganha 25 tokens WLD. Na cotação consultada na produção deste artigo, cada token vale $ 1,88 (R$ 9,23 em conversão direta). O procedimento renderá cerca de R$ 230.

No entanto, há casos em que as pessoas aderem ao projeto e não recebem nada. Quais são os problemas com essa estratégia? A Worldcoin quer criar IDs para todos no planeta, mas antes disso, deve cumprir as leis de proteção de dados e órgãos reguladores de cada país. Existem leis nacionais que impedem a exportação e venda de dados biométricos, o que pode dificultar a criação do banco de dados.

A iniciativa também não entrou em detalhes sobre como as informações pessoais são tratadas. A principal questão em relação ao uso de íris como dados biométricos: esses dados são considerados sensíveis na maioria dos países e devem ser tratados com mais cuidado do que outras informações pessoais, como nomes completos e CPF.

Qualquer avanço tecnológico em grande escala deve levar em consideração o processamento dos dados das pessoas. Um advogado especialista em privacidade e proteção de dados explica: “O volume e o tipo de dados a serem tratados são os fatores que chamam a atenção do ponto de vista da proteção de dados e privacidade, e exigem uma análise detalhada dos riscos e impactos para os titulares dos dados. Luís Fernando Prado.

No Brasil, informações pessoais como registros biométricos são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que prescreve princípios e garantias aos proprietários quanto à coleta, uso, armazenamento, armazenamento e compartilhamento desse conteúdo. Toda empresa deve implementar medidas de segurança que vão desde a análise de riscos, recursos transparentes para tratamento de dados e ações de segurança para evitar vazamentos e acessos indevidos. Vender dados é possível, mas existem regras.

Sobre a venda de dados, Prado reiterou que essa prática não é proibida por lei, mas exige transparência por parte de cada empresa. “A lei não proíbe uma pessoa de ‘vender’ seus dados, ou seja, os indivíduos podem decidir fornecer dados em troca de benefícios, como pagamentos”, explicou.

“No entanto, entre outros cuidados por parte das organizações, é necessária transparência sobre os dados recolhidos, as finalidades para que são utilizados, as medidas de segurança implementadas, a informação sobre a partilha dos dados, a partilha de dados e a duração dos mesmos. serão processados”, reflete o especialista.

Além disso, a ideia de coletar dados biométricos para criar uma carteira digital também pode ser vista como uma medida positiva. Com o desenvolvimento da tecnologia blockchain, outras opções menos invasivas podem ser consideradas.

Blockchain e Web3

Muitas das ideias da Worldcoin se aplicam ao conceito de Web3, nome dado a uma nova fase da internet baseada na descentralização e blockchain. Se quiser saber mais, pode conferir o guia completo sobre o que é Web3 e aprender como funciona o blockchain.


Fonte: Canaltech



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